Pelo segundo ano, evento será totalmente virtual e contará com a participação de artistas, influenciadores LGBT+ e especialistas para falar sobre HIV/Aids: Ame + Cuide + Viva +. Saiba como acompanhar.
A Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo celebrou no último domingo (6), a partir das 14h, sua 25ª edição com uma programação inteiramente virtual repleta de apresentações musicais, entretenimento e orientações sobre o tema HIV/Aids: Ame + Cuide + Viva +.
Este é o segundo ano consecutivo em que o evento acontece sem o famoso desfile de trios elétricos pelas avenidas Paulista e Consolação, no Centro da capital. Em 2020, a celebração que ocorreria em junho foi adiada para o segundo semestre por causa da pandemia e acabou sendo realizada somente pela internet, por meio de transmissões ao vivo que chegaram a 11 milhões de visualizações.
Na edição que marcou os 25 anos da Parada de SP, a dupla de influenciadores digitais Eduardo Camargo e Filipe Oliveira, do canal Diva Depressão, foi responsável por entreter o público ao longo das oito horas de programação, que contou com shows das cantoras Pabllo Vittar e Glória Groove.
Outros nomes amplamente conhecidos na comunidade LGBT+ também fez parte do evento, como Lorelay Fox, Spartakus, Natália Neri, Mandy Candy, Bielo, Lucas Raniel, Louie Ponto, Jean Luca, Tchaka e Alberto Pereira Jr.
Em 2021, o primeiro caso de Aids diagnosticado em território brasileiro completa 40 anos, nos quais houve um enorme avanço desde as formas de prevenção contra a infecção pelo HIV até os tratamentos existentes e a qualidade de vida que as pessoas soropositivas podem ter. Atualmente, o Ministério da Saúde (MS) estima que no Brasil vivem 920 mil pessoas soropositivas para o HIV, ou seja, que já foram infectadas pelo vírus.
Nos últimos anos, os dados de Boletins Epidemiológicos do MS têm apontado um aumento expressivo no número de casos, principalmente entre adolescentes e jovens.
“A gente vê que, quando fala de HIV para um público com mais de 40 anos, o que vem à memória são imagens de diversas figuras públicas que faleceram de Aids numa época em que a gente não tinha um tratamento tão eficaz quanto a gente tem hoje”, explica Mirian Del Ben, Infectologista do Hospital Sírio-Libanês.
“Esse público que está entre 15 e 29 anos não tem muitas lembranças desse HIV que mata, então é uma geração que tem menos medo da doença e que não se importa tanto em pegá-la. Por isso, se cuidam menos, por já saber que a doença tem tratamento”, finaliza.
Pepita manda recado para Patrícia Abravanel
No domingo (6/6), durante sua performance na segunda Parada LGBTQIA+ on-line, Pepita decidiu se pronunciar sobre as recentes declarações homofóbicas de Patrícia Abravanel.
“Eu quero que vocês entendam uma coisa! Não fale de vivência se você não teve essa vivência, não fale de pessoas que você não conhece, não fale de letras que você não sabe nem se expressar”, começou a cantora.
“Você já me perguntou se eu aceito você como apresentadora de alguma coisa? Você já me perguntou se eu aceito você na minha rede social? Então por que você se acha no direito de optar na minha vida? Um dia que eu precisar de opinião com certeza não vai ser a sua”, disse Pepita.