Especialista explica sobre a doença crônica que atinge as mulheres.
Você já ouviu falar em Lipedema? A doença crônica, também conhecida por síndrome gordurosa dolorosa, é caracterizada pelo acúmulo de gordura na região dos glúteos e pernas, deixando os membros inferiores visivelmente desproporcional a porcentagem de gordura dos membros superiores.
“Não podemos confundir lipedema com linfedemanem com obesidade, são três situações completamente diferentes. As causas da lipedema ainda são estudadas, mas até o momento tudo indica que seja influência dos hormônios femininos e o fator genético. Ela pode se relacionar com a linfedema, mas são problemas diferentes”, explica a cirurgiã vascular, Dra. Fátima El Hajj, ao enfatizar que a linfedema se caracteriza pelo acúmulo de linfa em uma determinada região, líquido esse responsável pela condução de glóbulos brancos (defesa) pelo organismo.
Da mesma maneira, a doença também não tem relação com a obesidade, uma vez que homens e mulheres podem ser pessoas obesas, e que quase sempre possuem gordura em toda a extensão do corpo. Além disso, as aparências dos depósitos de gordura são diferentes. “Na lipedema a aparência é de uma bolsa de gordura, você percebe que é algo anormal, a região fica disforme”, afirma Dra. Fatima.
Com diferentes graus e estágios, o problema pode causar dor, hematomas e ainda afetar diretamente na autoestima da paciente. Sobre como identificar a doença, a especialista explica: “Por provocar reação inflamatória em células de gordura na região das pernas, a mulher pode apresentar hematomas por qualquer movimento mais brusco. Além disso, as principais características são dores frequentes na região, quadril, braços e antebraços mais grossos e desproporcionais em comparação ao restante do corpo”.
A boa notícia é que após o diagnóstico é possível tratar e controlar a doença. Dieta balanceada, exercícios físicos, roupas de compressão e drenagem linfática ajudam bastante, mas segundo Fátima em alguns casos é indicada uma lipoaspiração, feita em parceria entre um cirurgião plástico e um vascular.
Créditos: Ana Carolina Freitas