Com “um pé na sorte, outro na tradição”, Yantó divulga “Abre Alas”

Faixa esquenta para o próximo disco do artista, “Sítio Arqueológico”, previsto para outubro
Ouça e assista aqui: https://youtu.be/mwZXChBOxHs

Mineiro radicado em São Paulo há mais de uma década, Yantó inicia os trabalhos para a estreia de seu próximo disco, “Sítio Arqueológico”, que chega em outubro. “Abre Alas”, primeiro single do álbum, foi produzida musicalmente pelo próprio artista em parceria com Tó Brandileone, do 5 a Seco, que também assina a mixagem.

A música foi composta em 2020, momento em que, devido à pandemia, Yantó morou durante um tempo em um sítio em Bambuí, sua cidade natal em Minas Gerais. Com versos de imagens fortes, a faixa é uma espécie de manifesto à mudança e reinvenção, em um caminho bastante condizente com a trajetória de um cantor que mudou inclusive de nome (até 2017, Yantó assinava como “Lineker”, seu nome de batismo). 

“Eu vejo essa canção como um rio que vai abrindo seu caminho, desviando seu curso se for preciso, mas que segue sempre em frente. É sobre a coragem de se retirar, e a coragem de voltar. A coragem de começar de novo, sempre que preciso for. É sobre o que vem depois do furacão, depois do terremoto, depois do apocalipse. Juntar os cacos, sacudir a poeira e dar a volta por cima. É sobre reconhecer, ao mesmo tempo, nossas fraquezas, nossas forças e acolher as contradições, destaca Yantó. 
A produção de “Abre Alas” também caminha de mãos dadas com esse sentido de dualidade. Se o começo do som parece apontar para uma atmosfera mais eletrônica, com sintetizadores, vocoders e programações, logo no primeiro refrão um bandolim trata de evocar toda uma energia do mais tradicional dos sambas. Além dos sintetizadores, coros e programações criadas por Yantó, a gravação tem a participação do percussionista Leandro Vieira e do bandolinista Fábio Peron. 
“Eu sinto que esse trabalho, assim como muita coisa do disco, faz esse movimento de reverência à tradição da música brasileira mais antiga ao mesmo tempo em que dialoga com produções mais contemporâneas do pop e experimental. Isso tem muito a ver com minha história, com minhas influências e com a forma como eu fui me tornando compositor e produtor”, ressalta. 
O lançamento vem acompanhado de um lyric video, com cenas de Yantó de costas despidas e uma espécie de prótese esquelética que flutua rente à sua pele. As imagens têm direção criativa de Alma Negrot, que também assina capa do single, com fotografia de Gustavo Lemos.

SOBRE YANTÓ

Yantó é cantor, compositor, performer, produtor musical e preparador vocal. Conhecido até 2017 como “Lineker”, seu nome de batismo, nasceu em Bambuí (MG), e vive atualmente em São Paulo. É formado em música popular e mestre em Artes da Cena pela UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas), onde também estudou dança.

Desde 2012, lançou dois discos e dois EPs, e já colaborou com diversos artistas do cenário musical, dentre eles Cida Moreira, Simone Mazzer, Maria Beraldo, Luiza Lian e Bemti. É também vocalista do Bloco Explode Coração, que leva mais de 200 mil pessoas para as ruas todos os anos no carnaval de São Paulo. 

Seu trabalho autoral une sons da MPB, do POP e da música-experimental. Atualmente se prepara para o lançamento de seu próximo disco, “Sítio Arqueológico”, produzido pelo artista em parceria com Tó Brandileone (5 a Seco).
FICHA TÉCNICA

Abre Alas
Compositor: Yantó
Produção musical: Yantó, Tó Brandileone
Mixagem: Tó Brandileone
Masterização: Carlos Freitas (Classic Master USA)
Instrumentos:
Synths, vocais, vocoders, programações: Yantó
Bandolim: Fábio Peron
Percussões: Leandro Vieira
Capa e fotos de divulgação
Direção criativa, beleza e styling: Alma Negrot
Foto de capa: Gustavo Lemos
Assistente de fotografia e iluminação: Jennifer Glass
Cabelo: Tete Catharino
Produção executiva e administrativa: Iolanda Sinatra
Distribuição: Tratore
Assessoria de Imprensa: Bianco
Assessoria de Redes Sociais: Agência O Raio
Realização: ProAC Editais 2022

LETRA
Abre Alas
(Yantó)

eu vim aqui 
um pé na sorte, outro na tradição
meu tempo é torto e quem quiser me ouvir
há de notar fartas contradições
eu me oriento em outra direção
meu corte é seco
e quem quiser tentar
abrindo o peito
pode me alcançar
lhe dou direito
venha contestar
se a coragem balançar
eu canto
se a palavra não bastar
eu danço
se o caminho se fechar
invento um par de asas pra voar
revejo aqui
o velho medo de desagradar
meu corpo é rouco e quem quiser despir
em carne viva queira se deitar
lamber a dor e ao gozo se entregar
queimar o nome
sem hesitação 
matar o homem
que há na certidão
olhar pra longe
e não negar perdão
se a coragem balançar
eu canto
se a palavra não bastar
eu danço
se o caminho se fechar
invento um par de asas pra voar
se a coragem balançar
eu canto
se a palavra não bastar
eu danço
se o caminho se fechar
invento um par de asas pra voar

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