Di Quebradinha: conheça a programação de férias do Museu das Favelas

Do dia 10/01 a 05/02, terça a domingo, das 09 às 17h, o público poderá acessar instalações, oficinas, aulas de dança e contação de histórias pensadas para todas as idades, abraçando jovens, adultos e crianças. Entradas são gratuitas

O Museu das Favelas, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, abre programação de férias do dia 10/01 a 05/02 (terça a domingo, das 09 às 17h), com instalações, oficinas, aulas de dança e contação de histórias. A entrada é gratuita e os ingressos podem ser retirados antecipadamente no site (museudasfavelas.org.br) ou diretamente no local.

Augusto Leal, artista de Simões Filho (BA), leva instalações, que, através do jogo, da brincadeira e da ludicidade, convidam para a interação, diversão, acesso a memórias e, especialmente, reflexão, de crianças a adultos. “Gangorra” é feita de madeira reaproveitada e possibilita, ao invés de subir e descer, o girar – em volta da palavra “PODER”, fabulando novos significados a ela e todas as relações que a envolvem. “O Jogo!” é uma instalação composta por golzinhos (traves) de metal de tamanhos e cores variadas que, a partir de sua distribuição, instigam a reflexão sobre o uso da meritocracia para justificar violências e injustiças sociais que atravessam a experiência negra. No dia 17, às 15h, Augusto e convidados participarão de uma roda de conversa online sobre arte pública, a transmissão será pelo canal do YouTube do Museu das Favelas.

O ” Parque Sensorial Natural “, criado por Parque de Bambu, é composto por pirâmides de bambu, túnel de cama de gato e rampas de equilíbrio. Aqui, as crianças e adultos poderão aguçar a sensibilidade humana, lúdica e criativa.

As instalações ocuparão o jardim do Museu, como um grande espaço de troca, convivência, brincadeiras e reflexões.

Às quintas-feiras, das 11 às 12h e das 15 às 16h, o núcleo educativo do Museu ministrará a oficina “Batuques Sudestinos”, estimulando expressões culturais periféricas com referências na cultura negra e na cultura popular, produzidas no sudeste brasileiro. Aos sábados, Bruna Braga dará aulas de Fit Dance e Dança Afro. No dia 29/01 (domingo), “Contação de Histórias: Ouvir, Cantar e Dançar” proporcionará um momento lúdico para a família, com histórias que trazem ao eixo central temas fundamentais à existência das favelas e dos corpos que nela habitam.

“Nossa programação esse mês trará um sabor especial de infância. O Museu será palco de brincadeiras e ludicidades, tudo regado ao nosso tom de cidadania, brincadeiras especiais com o Parque de Bambu, levando nossos menores a uma experiência humana e sensível, assim como seus pais sentirão ao adentrar nosso Museu das Favelas. A programação conta ainda com Batuque Sudestino e interações fantásticas do nosso educativo”, ressalta Carla Zulu, Coordenadora de Relações Institucionais do Museu das Favelas.

AQUI ESTÃO AS FOTOS DE APOIO PARA A IMPRENSA 🙂

SERVIÇO

Di Quebradinha 

Programação de Férias do Museu das Favelas

De 10 de janeiro a 5 de fevereiro

Terça a domingo das 9h às 17h (com permanência até 18h)

Entrada Gratuita

Ingressos podem ser retirados antecipadamente no site museudasfavelas.org.br ou diretamente no local

Classificação indicativa para as instalações: a partir de 04 anos 

A programação de férias do Museu das Favelas propõe a ocupação do jardim como um grande espaço de troca, convivência, brincadeiras e reflexões.

Gangorra e O Jogo! por Augusto Leal (Simões Filho – BA)

O jardim irá abrigar instalações artísticas e lúdicas que provocam reverberações através da interação afetiva e corporal, com crianças e adultos e uma roda de conversa online sobre arte pública.

Instalação composta de trabalhos de arte de Augusto Leal, artista de Simões Filho, Bahia, que através do jogo, da brincadeira e da ludicidade, trazem um convite para a interação, para a diversão, para o acesso de memórias, mas especialmente para a reflexão, desde crianças a adultos:

●      Gangorra

Instalação artística feita de madeira reaproveitada, sendo uma gangorra que não sobe e desce e sim gira, em volta da palavra PODER, que fica ao centro. O trabalho instiga, através da interação e da brincadeira, fabulações de novos significados para a palavra em questão e todas as relações que a envolvem. 

●      O Jogo!

Instalação composta por golzinhos (traves) de metal, de tamanhos e cores variadas que, a partir de sua distribuição, convida a refletir sobre o uso da meritocracia para justificar as violências e injustiças sociais que atravessam a experiência negra.

Parque Sensorial Natural

Ainda sobre as instalações interativas, com pirâmides de bambu, túnel cama de gato e rampas de equilíbrio, o Parque de Bambu traz um convite às crianças para uma experiência humana sensível, profunda e lúdica através de suas experiências construtivas.

Atividades Culturais e Educativas

Dia 17/01, terça-feira, às 15hs

Encontro online sobre arte pública com o Augusto Leal e convidados

Transmissão no canal do YouTube do Museu das Favelas

Dias 12, 19, 26/01 e 2/02,  quintas-feiras

Oficina Batuques Sudestinos

Das 11h até 12h e 15h até 16h

Oficina ministrada pelo núcleo educativo do Museu das Favelas que estimula expressões culturais periféricas com referências na cultura negra e na cultura popular, produzidas no sudeste brasileiro. Em formação de roda, o público irá participar de uma ação educativa que visa explicitar como esses batuques tradicionais e contemporâneos se interligam dentro de suas crônicas e elementos como letras, sonoridades, formação de rodas, movimentos e gingas. Além destas questões, serão apresentadas conexões destas práticas com as questões que envolvem o Museu das Favelas e seus atravessamentos – como por exemplo a produção cultural e o contexto socioeconômico que atravessa as relações da população com o centro da cidade – por meio das contextualizações e provocações através de trilhas de aprendizagem que valorizem e revivam esses Batuques.

Sábados e Domingos

Solta o Som

Das 9h às 18h

Aos finais de semana, o público poderá ocupar os jardins ouvindo uma playlist colaborativa da equipe do Museu das Favelas e convidados.

Dias 14, 21, 28/01 e 4/02 – Sábados

Solta o Corpo!

Das 11h ao 12h

Durante os sábados de janeiro, acontecerão aulas de dança no jardim no Museu das Favelas. As aulas irão alternar entre aulas de Fit Dance e Dança Afro. 

Ministrante: Bruna Braga 

Domingo – 29/01

Das 11h às 12h e 15h às 16h

Contação de Histórias: Ouvir, Cantar e Dançar com Núcleo Educativo do Museu

Atividade proposta pelo núcleo educativo do Museu das Favelas que envolve crianças e famílias em torno do ato de contar e ouvir histórias e construir experiências com o corpo de forma lúdica, atravessadas pelas narrativas com as quais estas histórias estão relacionadas. A partir do enredo e das personagens das histórias compartilhadas com o público, busca-se protagonizar as culturas pretas e periféricas, trazendo para a centralidade desta ação educativa os temas fundamentais à existência das favelas e dos corpos que nela habitam, eixo central da atuação do Museu. 

SOBRE MUSEU DAS FAVELAS

Aberto oficialmente desde o dia 25/11/2022, o Museu das Favelas é um equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, sediado no Palácio dos Campos Elíseos, no centro da capital. Gerido pela organização social de cultura IDG – Instituto de Desenvolvimento e Gestão, o Museu, que nasce de um processo colaborativo com pessoas que vivenciam o cotidiano das favelas, irá oferecer uma ampla programação gratuita e voltada para todos os públicos, em especial, de favelas, periferias, ocupações e outros territórios nacionais, potencializando suas vozes, lutas e memórias.


O Palácio dos Campos Elíseos (antigo Palacete Elias Chaves), situado na Avenida Rio Branco, foi projetado pelo arquiteto alemão Matheus Häusler, com construção iniciada em 1890 e finalizada em 1899 para ser a residência do cafeicultor e político Elias Antônio Pacheco e Chaves e sua família. O imóvel, dividido em quatro pavimentos, com uma área construída de aproximadamente 4.000 m², foi inspirado no Castelo de Écouen, na França. Em 1911, o palacete foi comprado pelo Governo de São Paulo, tornando-se residência oficial dos governadores. Após uma reforma de ampliação, em 1935 torna-se oficialmente Palácio de Governo até 1965, quando houve a transferência para o atual Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi. Durante os anos de 1967 e 1972, ficou fechado para restauro por causa de um incêndio que destruiu parte do edifício. O palácio foi tombado no ano de 1977 pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT), sendo sede administrativa de diferentes secretarias e órgãos do governo até 2006, quando foi fechado novamente para seu segundo restauro. O Centro de Referência em Inovação do SEBRAE foi a última instituição que ocupou o prédio (2017-2019) antes do Museu das Favelas. 

O Museu das Favelas, ao ocupar o Palácio dos Campos Elíseos, símbolo de uma estrutura de poder segregacionista, anuncia esse novo momento em que vozes e pensamentos que são invisibilizados reivindicam o lugar que lhes é cabido na história e na cultura brasileira. Além de proporcionar mobilidade e acessibilidade de forma interconectada com demais regiões de São Paulo e outras cidades e estados, é simbólico, então, ter o equipamento cultural instalado neste antigo ícone da riqueza e do luxo para uma São Paulo “moderna”, em um projeto de “bairro modelo”. O museu não pretende apenas ocupar, mas ser ocupado. Assim, a instalação do Museu questiona, critica, tensiona os discursos, significados, narrativas, sentidos e símbolos prepostos, por meio da novamente destacada ocupação, reatualização e reconfiguração dos usos. Aqui – e não só – se faz  urgente  que outras narrativas e discursos possam tomar novo sentido. Além disso, tendo em vista o histórico de ocupação da região central da cidade, é estratégica a localização para que se possa fortalecer laços com grupos sociais que resistem para permanecer no local.

O Museu das Favelas tem como premissa máxima um trabalho de reparação social, por meio do protagonismo das pessoas de favela na gestão, na contratação de fornecedores, na criação de rupturas de narrativas, partindo da construção coletiva e compartilhada a ser constituída por meio do relacionamento com a vizinhança, do mapeamento constante de iniciativas que geram impacto social, cultural, econômico nas favelas, escuta ativa e visitas periódicas a espaços e organizações das favelas de São Paulo e do Brasil.

Parte de um local de pluralidade e diversidade de narrativas, que surge com a proposta de ser um ponto de encontro, de passagem, de acolhimento, um ambiente de pesquisa, preservação, produção e comunicação de memórias e histórias das favelas brasileiras. Ele constrói uma visão expandida que inclui também as vivências que partem de periferias, ocupações, assentamentos, regiões quilombolas, ribeirinhas, entre outras; espaços distintos, mas que compartilham histórias de segregação e resistência.

Trata-se de uma instituição que parte do passado, perfazendo o presente para contribuir com novos caminhos para o futuro, partindo do princípio de que os caminhos para mudança precisam passar pelas favelas, por suas manifestações culturais e pela potência dos que ali resistem, inovam e criam. E desta forma, busca ampliar o olhar, para além de uma imagem cristalizada do que é a favela e, também, do que é um museu. 

Diante disso, o Museu das Favelas dedica seus esforços à oferecer ao público um espaço de convivência, produção e acolhimento, abertos à proposição de grupos e coletivos das favelas, além de um potente Programa de Exposições e Programação Cultural, Ações Educativas, Centro de Referência e Pesquisa, Biblioteca, Centro de Empreendedorismo e Economia Criativa.

Neste primeiro ano de vida, a equipe do Museu dedica-se a preparar este prédio para ser ocupado pelas favelas, material e simbolicamente. Entre o final de 2022 e o ano de 2023, o visitante poderá conhecer e participar de atividades no jardim, e nas salas do piso térreo e inferior,  enquanto os pavimentos superiores são preparados para receber a futura exposição de longa duração e outras instalações.

A programação será gratuita, com funcionamento de terça a domingo, das 9 às 18hs. O Museu das Favelas está localizado no bairro Campos Elíseos, em São Paulo, ao lado do Terminal de Ônibus Princesa Isabel. O acesso principal ocorre pelo portão na Rua Guaianases, nº 1024, mas é possível entrar também pela na Avenida Rio Branco, nº 1269. Não há estacionamento no local.

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