A coreógrafa Cláudia Nwabasili, diretora da Cia Pé no Mundo, cria projeto em residência artística na Cité Internationale Des Arts em Paris (França) pelo Brasil Cena Aberta. Roges Doglas, também diretor da companhia de dança, contribui como co-residente. Juntos, estão prestes a iniciar o desenvolvimento do espetáculo inédito intitulado “S.A.L. – Subverter a Lógica”, a partir de uma pesquisa sobre a vida e obra de Josephine Baker, dançarina, atriz e cantora afro-americana que se mudou para a França e posteriormente recebeu cidadania. A artista foi peça fundamental nos movimentos por direitos civis e na luta contra o racismo e em 2021 foi a primeira mulher negra a receber homenagem no Panteão de Paris.
“A S.A.L.” cria diálogos entre dança contemporânea e manifestações afro-diaspóricas e pretende subverter a lógica do tempo, propondo assumir a confluência entre passado, presente e futuro. “Se a ancestralidade é uma experiência vivida a partir das influências e interferências de narrativas temporais anteriores, então, alterando a linha temporal, podemos afirmar que o futuro é ancestral?”.
A bolsa que apoia a Cia Pé no Mundo nessa movimentação é uma parceria entre o já citado programa Brasil Cena Aberta, a Prefeitura de Paris e o Consulado da França.
Para saber mais, acesse: https://ciapenomundo.com
SOBRE CIA PÉ NO MUNDO
A Cia. Pé no Mundo surgiu em 2012 e tem como idealizadores, diretores e coreógrafos os bailarinos Cláudia Nwabasili e Roges Doglas – artistas brasileiros que fundaram a Companhia na busca por representatividade negra no cenário da arte contemporânea. Sua linguagem de dança se baseia em pesquisas práticas e teóricas sobre o diálogo entre manifestações afro-brasileiras com a dança contemporânea.