Mistura de estilos e culturas, a música brasileira é parte fundamental da nossa história. Do jazz ao funk, os ritmos e batidas envolventes conquistaram multidões país afora. Contudo, a era digital transformou toda a indústria musical. A Top Tape, uma das mais icônicas gravadoras do Brasil nos anos 70 e 80, deu lugar a Quebra Coco Records, liderada pelo produtor Luiz Eduardo Magacho Rozenblit, ou simplesmente Bonne. Além de trazer novos artistas, a empresa busca relançar os grandes sucessos, adaptando-os ao meio digital, fomentando assim a cultura nacional.
“A história da música nacional é riquíssima, e a gente carrega esse legado que foi da Top Tape. Então acho que o principal lema da Quebra Coco é de reestruturar e valorizar a música como um todo”, comenta Bonne, sócio e diretor da empresa.
Um dos principais projetos da gravadora é o relançamento de clássicos da Top Tape, remixando grandes nomes da música, como Arlindo Cruz, Cauby Peixoto, Neguinho da Beija-Flor, além de coletâneas famosas de sambas-enredos.
“São músicos que a gente cresceu ouvindo que trazem uma influência gigante para a nova geração. Colocar isso nas plataformas digitais não é só um trabalho de distribuição, mas uma homenagem a todos que fizeram da música o que ela é hoje”, acrescenta.
O projeto surgiu quando Bonne assumiu a editora. O produtor observou o surgimento de remasterizações em forma de remix, viu ali a oportunidade de reaproveitar os clássicos. E, também, lançar novos artistas. Um exemplo disso é a música “É Hoje”, clássico de Caetano Veloso regravado pelo DJ Lucce e Rodrigo Lampreia.
“Eu olhei para o catálogo da editora e vi várias pérolas guardadas. Por que não reaproveitar os sucessos e usá-los pra divulgar essa nova galera que está pedindo passagem? A partir daí trabalhamos na remixagem, unindo a velha guarda aos músicos de hoje”, esclarece.
Antigamente, para se criar uma música, eram necessários um grande estúdio e diversos equipamentos. Para lançar um single ou álbum, se criava toda uma logística de produção, que ia desde a gravação do som, passando pela prensagem do disco até o envio do material. Agora, com a transformação digital, o processo é mais simples e rápido.
“Tivemos essa mudança do analógico para o digital, e isso embarca toda a produção. Hoje, com os streamings, a gente só precisa de softwares capazes e de uma boa distribuição de digital nas plataformas. Tudo tem que ser pensado por esse prisma”, ressalta o produtor.
O diretor da Quebra Coco enfatiza que todo o trabalho é feito partindo de um princípio social fundamental, de fomentar a cultura nacional. Seja com os sucessos do passado, ou com as promessas do futuro, o objetivo de Bonne é transformar o país por meio da música.
“Eu cresci dentro da música, acho que ela é a ferramenta que temos para criar um futuro harmônico, desenvolvido e socialmente justo. Não existe vida sem música!”, finaliza.
Para conhecer mais sobre Bonne e sobre o projeto desenvolvido dentro da Quebra Coco, acesse https://www.instagram.com/bonnerozenblit/