Segunda temporada do podcast aborda um Rio de Janeiro que hoje habita apenas na memória dos cariocas
Essa semana completa quatro anos de uma pergunta sem resposta: Quem mandou matar Marielle? Um questionamento que se repete com outros personagens que viraram símbolos de resistência ao longo da história do Rio de Janeiro. Essa, assim como tantas outras perguntas, faz parte da nova temporada de podcast Rio Memórias, que terá seis episódios baseados na galeria “Rio Desaparecido”, disponível no museu virtual www.riomemorias.com.br. O primeiro episódio já está no ar.
Depois do sucesso da primeira temporada, que aborda conflitos históricos da cidade, a segunda temporada recria, a partir de arquivos sonoros e entrevistas com estudiosos e pesquisadores, a atmosfera de um Rio de Janeiro que hoje habita apenas na memória dos cariocas.
No primeiro episódio, o jornalista Mário Magalhães, autor dos livros Sobre lutas e lágrimas: uma biografia de 2018 e Marighella: o guerrilheiro que incendiou o mundo, nos ajuda a compreender um período de quatro décadas, com quatro vidas interrompidas e muitos pontos em comum: o estudante Stuart Angel, o deputado Rubens Paiva, o ajudante de pedreiro Amarildo e a vereadora Marielle Franco. Diferente dos outros 5 episódios, o primeiro é uma homenagem às inúmeras vidas perdidas pela violência do Estado.
O morro do Castelo é o tema do segundo episódio, em que sons e lembranças recriam o cenário do berço do Rio de Janeiro que sumiu do mapa no início do século XX. Quem nos leva para a rotina em cima do morro é um casal de irmãos que nasceu e viveu por lá até 1921, além do escritor Alberto Mussa, autor da coleção Compêndio Mítico do Rio de Janeiro. A partir do segundo episódio, todos serão lançados quinzenalmente às sextas-feiras.
No terceiro episódio, o ouvinte vai viajar para um tempo em que o Rio respirava sétima arte e vai acompanhar a história dos cinemas de rua e das produtoras Cinédia e Atlântida. O episódio reconstrói o ambiente de salas fundamentais, como o Cine Ideal, o Paissandú e o circuito da Tijuca, na praça Saens Peña.
A incrível história do Palácio Monroe, erguido no início do século XX, na Cinelândia, como um marco imponente da arquitetura e do poder, é o tema do quarto episódio da série.
O quinto episódio propõe uma viagem sonora pela história de rádios importantes do Rio de Janeiro que não existem mais: a influência das telenovelas, o humor, o Repórter Esso, o futebol.
Finalizando a temporada, o sexto episódio apresenta um lugar que ainda existe fisicamente, mas andou esquecido pela população e pelo poder público até a segunda década do século XXI: o Cais do Valongo, maior porto de desembarque de africanos escravizados das Américas.
Os episódios estarão disponíveis no site do Rio Memórias e nos principais tocadores (Spotify, Deezer, Apple, Orelo, etc).
O podcast é uma das frentes do Rio Memórias, movimento de resgate e valorização da história e cultura do Rio de Janeiro que, desde 2019, busca aproximar os cariocas dos fatos, lugares, sons, personagens e movimentos que contam a história da cidade e compõem a sua identidade.
O Rio Memórias é patrocinado pelo Ministério do Turismo, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, pela Norsul e Kasznar Leonardos, por meio da Lei de Incentivo à Cultura e pelo Banco BTG Pactual, Adam Capital e Concremat, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura – Lei do ISS.
Créditos: Ágata Cunha