Psicólogo Alexander Bez explica as consequências psicológicas que podem ser manifestadas em alguém que teve uma relação tóxica com o pai
O segundo eliminado do BBB 22, Rodrigo Mussi contou durante estadia na casa mais vigiada que teve uma relação bastante tóxica com o pai. Em uma conversa com Tiago Abravanel, Rodrigo conta que seu pai costumava rebaixá-lo e até mesmo chamá-lo de “viado” por conta de suas roupas, o gerente comercial cresceu sem uma referência e precisou aprender tudo sozinho. O brother ainda revelou que entrou em depressão e desenvolveu Síndrome de Pânico após a morte do pai.
Segundo Alexander Bez, psicólogo especialista em Síndrome de Pânico, sofrer abuso psicológico do próprio pai pode gerar muito mais que apenas falta de referência paterna, “Além da humilhação, a destruição da estima, que pode ou não ser manifestada na fase infantil, há também prejuízo do rendimento escolar, medo e pânico ao longo da adolescência, tendência ao uso de drogas ilícitas, uma carência muito grande em todas as relações, dificuldade ao se relacionar.”, afirma o especialista.
De acordo com o psicólogo, sentimentos de inadimplência sentimental são recorrentes assim como a manifestação da Síndrome do Impostor, “as relações interpessoais são prejudicadas, porque houve essa quebra de confiança na criança e, mesmo depois de adulto, muitas pessoas não conseguem confiar em ninguém. Pode haver também sinais de machismo acentuados e uma desestruturação do ego.”, explicou Bez.
Quando, além do próprio abuso psicológico, há também uma rejeição vindo da parte do pai, as consequências são ainda piores. “A ruptura diária vai desestruturando o aparelho mental da criança e isso cria uma fenda de afeto paternal, é aí que a criança perde sua referência e fica numa imensa confusão mental!”, declara o Dr. Alexander.
O especialista afirma ainda, que essa falta de referência fará com que a pessoa não respeite nenhuma autoridade ou hierarquias ao longo de sua vida.
Créditos: Marcia Stival Assessoria
