Engenheira brasileira cria IA chamada “Maria” para ser sua assistente pessoal

A CEO da empresa MSolutions, Karen Salim, mostra como aplicar a IA na rotina pode melhorar a qualidade vida e o crescimento dos negócios

Responder mensagens de WhatsApp, participar de reuniões e oferecer insights nos negócios são algumas das funções de “Maria”, Inteligência Artificial criada por Karen Salim, engenheira e CEO da empresa MSolutions. “Maria” foi programada para substituir funções operacionais diárias de trabalho e otimizar o tempo de produção da empresa. Ela resume e transcreve reuniões e faz uma lista de tarefas do que deve ser organizado após a conversa.

De acordo com Karen, a IA tem a capacidade de processar a informação e de se auto treinar para as próximas tarefas. Inicialmente, “Maria” foi treinada para algumas funções, mas a cada dia, analisa os dados obtidos nas operações e se atualiza. “Se por acaso eu tenho uma reunião de novo com o mesmo cliente, eu posso perguntar pra ela: Maria, o que eu combinei com ele da última vez? Ou, quais são os pontos que ele ficou de me entregar? As reuniões são muito mais rápidas e objetivas. Ela me deu muito mais tempo, tanto nas reuniões quanto do ponto de vista de organização”, afirma a engenheira.

Com a possibilidade de oferecer um atendimento 24 horas, a IA é usada para aprimorar o relacionamento das empresas com os clientes. A tecnologia ainda possui um sistema de análise de sentimento, no qual ela é programada para ter a melhor performance com o consumidor, logo no primeiro contato. “A “Maria” consegue avaliar a tendência de conversão ou o grau de satisfação do cliente, pelo tom de voz da mensagem enviada por ele. A partir de cada resposta, a IA  tem a melhor reação para o momento. Ela pode ser mais acolhedora, mais brincalhona, sarcástica…”, pontua Karen.

A criação da “Maria” surgiu com a necessidade da empresária lidar com o desafio do fuso horário entre a França, onde reside, e o Brasil, onde sua empresa está localizada. “Quando dava sete horas da noite na França, eram três horas da tarde no Brasil. Às vezes, o dia estava apenas começando no Brasil, enquanto eu já estava encerrando meu trabalho. Na minha empresa, a gente já tinha um produto de inteligência artificial para lançamento e então eu pensei: vou usar isso pra mim, eu vou ser o projeto piloto. E isso só me trouxe benefícios tanto no profissional quanto no pessoal, porque proporcionou pra mim e pra minha família um tempo maior de qualidade no final do dia”, explica Karen.

Hoje, a engenheira já desenvolveu, para várias empresas, “personas” de IA que exercem funções de assistentes e atendentes de comercial, chamadas de SRD, Sales Representative Development, ou seja, elas fazem toda a porta de entrada do empreendimento. Essa ferramenta atua como uma facilitadora em realizar um filtro para chegar no “closer”, pessoa que fecha o negócio, e em conciliar o sucesso dentro e fora de casa.

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