Em um cenário que deveria ser intolerável em pleno século XXI, a comunidade Do Sozinho, em Coribe, vive um verdadeiro pesadelo. Há 10 dias, os moradores estão sem água potável devido a uma suposta quebra de bomba, e a situação se agrava a cada hora. O sofrimento é palpável: animais estão morrendo de sede, e os habitantes, em sua maioria humildes e sem voz, lutam para sobreviver em condições desumanas.
“Ontem, eu peguei a última gota de água da privada para dar aos meus filhos. Não temos escolha”, desabafa uma moradora, com lágrimas nos olhos. A dor em sua voz reflete a realidade de muitos que se veem obrigados a recorrer a medidas extremas para saciar a sede da família. O desespero é uma sombra que paira sobre a comunidade, onde a esperança se esvai a cada dia sem água.
A situação se torna ainda mais alarmante quando se considera que, em meio a essa crise, a comunidade é formada por apoiadores do presidente Lula. Na atual época de eleições, o descaso e a falta de respostas dos poderes públicos são ainda mais evidentes. “Parece que estamos sendo castigados por sermos pobres e por acreditar em vocês. Estão querendo calar os pobres aqui à força”, afirma um agricultor local, com a voz embargada de indignação e dor. “Parece que estão querendo destruir tudo que vocês construíram. A liderança municipal não aparece, não dá satisfação. A gente só quer água, é o mínimo que podemos ter”, completa, angustiado.
Com a população em desespero, apelos começam a surgir. “Gerônimo, presidente Lula, nós precisamos de ajuda! Não podemos continuar vivendo assim. Estamos pedindo socorro!”, clama um dos moradores, a voz tremendo de frustração e desespero. A súplica ecoa entre as ruas de barro da comunidade, onde a esperança se mistura com a tristeza e a indignação diante do abandono.
O que se vê em Coribe não é apenas uma crise de abastecimento, mas um reflexo do descaso com as comunidades mais vulneráveis.
