Embalada por elementos do pop, guitarrada e brega, “Direção” antecipa o primeiro disco do artista e se conecta com narrativas propostas em jogos como Zelda, Final Fantasy e Dragon Quest
Em Vey, single de “Miolo do Oxente”, disco que será lançado no dia 12 de setembro, o alagoano Janu disserta sobre os caminhos que o ego percorre. Agora, em “Direção”, o artista, que é natural de Arapiraca, ilustra, no sentido mais literal possível, as rotas que talvez são perdidas, talvez achadas.
Produzida e mixada por Paulo Franco, com masterização de Felipe Tichauer, a canção autoral é embalada por uma pegada meio pop, meio brega e meio tudo. Logo na abertura, sons de sintetizadores acalentam os vocais até abraçar a batida latina, uma espécie de piseiro soft com guitarrada de cumbia agrestina. “Faz tempo que fica difícil definir o tipo de música que fazemos e ouvimos. O acesso irrestrito a todo tipo de som acabou de vez com a rotulagem exata do ‘nosso estilo’. Sei que amo a música brasileira, principalmente a do Brasil de dentro, assim como sou apaixonado pelas coisas do mundo. No fim, música é música, né? E boa é quando a gente gosta”.
Para o audiovisual que acompanha o lançamento da faixa, um filme com pegada gamer, dirigido e roteirizado pelo próprio Janu, com programação, animação e level designer de Mário Tairony. A Pixel Art ficou por conta da empresa Dobyt e finalização com Rodrigo Cruz. Nela, podemos ver um personagem prestes a dormir (ou seria acordar?) em um mundo paralelo guiado por uma fada de luz, referenciando a icônica franquia Zelda. No universo ambientado pelos frames dos jogos retrô, o personagem percorre as mais variadas dificuldades para encontrar sua direção.
Caminhando em diversos mapas, passando de level e procurando itens mágicos, o vídeo de “Direção” segue sendo uma metáfora da luta pessoal em achar seu caminho. Entre monstros e feiticeiros mascarados, o personagem chega a quase perecer, mas aperta o “continue” e recomeça, dessa vez, mais focado e estratégico. “Assim é a vida”.
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SOBRE JANU
Janu faz dessa nova fase uma espécie de estreia, mesmo que já acumule uma vivência musical em Alagoas, responsável por o projetar para plataformas de alcance nacional com o EP “Matuto Urbano” e o disco debut “Lindeza”. É o caso, também, das músicas “Perdi La Night”, que integra a trilha sonora do filme “Morto Não Fala” (Denninson Ramalho, Globo Filmes), e “Teu Sorriso” – esta última marca presença no filme “O Retirante”, do alagoano Tarcísio Ferreira, no especial de 80 anos de Pelé e no premiado longa-metragem Besta Fera, junto da banda Quiçaça, a qual também faz parte. Recentemente, JANU participou de elogiados discos como o Time da Mooca (Itallo França), na faixa Orlando Golada, Bloco dos Bairros Distantes, do multiartista Wado, e, com LoreB, na música Me Maten, em uma versão batucada da canção do C.Tangana.
Janu versa, projeto a projeto, sobre o ego, que, nas palavras dele próprio, é um “monstrinho falante que volta e meia bagunça o miolo”.