André Abujamra planeja divulgar 50 álbuns até o final do ano e vendê-los todos em NFT com a Phonogram.me

(Foto: Mustafa Seven)

André Abujamra traz no sangue a necessidade em provocar a ordem vigente. Em mais de 40 anos de carreira se firmou como um dos grandes criativos do Brasil e atualmente, em uma saga anti-algoritmo, embarca na missão de lançar 50 álbuns até o final do ano e vendê-los todos em NFT com a Phonogram.me, já seguindo a novidade anunciada recentemente pela empresa: agora, artistas poderão mintar suas obras no blockchain, lançá-la nas plataformas de streamings e receber seus royalties digitais em cripto, além de vender esses royalties em NFTs para os seus fãs. Com isso, os usuários colecionadores vão poder comprar essas NFTs de royalties digitais e receber os rendimentos sobre as músicas que eles mesmos escutam. Ou seja: quanto mais plays o artista tiver, mais os fãs podem ganhar junto.

A iniciativa vem como resposta às altas taxas cobradas aos artistas independentes pelas plataformas de distribuição digital que variam de 30% até 50%. 

E tem mais: como os royalties costumam ser pagos via PayPal, essa porcentagem se soma aos diversos valores embutidos no serviço:  +/-6,7% + R$ 0,60 para cada parcela nos pagamentos a prazo, em torno de 6,4% do valor do câmbio internacional. E apesar desses números serem variáveis, basta fazer as contas para ver que o valor final é sempre muito afetado.

“A Phonogram.me foi a primeira plataforma realmente descentralizada de NFTs para a indústria da música. Nosso objetivo é claro: dar aos artistas uma nova possibilidade de rentabilização, pois a indústria da música é ainda muito centralizada na mão de grandes players e streamings. O modelo de ganho de cripto a partir de plays é quase inédito. Acreditamos que esse é um novo e potente passo rumo a um futuro mais justo para músicos e produtores musicais”, ressalta Janara Lopes, cofundadora do Phonogram.me  

No novo modelo proposto pela Dorsal Musik, selo do Phonogram.me, o valor final descontado do artista é muito menor e é disponibilizado automaticamente em sua carteira de PHONOS, a criptomoeda do phonogram.me. Ela não tem taxa de câmbio ou valores extras que ficam embutidos nas outras distribuidoras.

Se preferir, o artista pode converter esse valor para Ether e sacá-lo para sua carteira digital, como uma MetaMask, por exemplo. Melhor ainda para os brasileiros, que podem até sacar em real, diretamente para a sua conta bancária.

“Enquanto a onda de NFTs mal começava no Brasil o André foi o primeiro músico brasileiro a vender um NFT (em parceria com o artista Uno Oliveira). E como se trata de dos artistas mais prolíficos do país, não é exatamente um espanto o fato de fazer esse movimento usando as vantagens da blockchain”, finaliza Janara. 

NFT

NFT é o registro de uma obra digital, semelhante a um contrato feito na vida real, só que em formato digital e impossível de ser apagado. O comprador pode adquirir fonogramas, vídeos e ingressos, sabendo que estes produtos sempre estarão disponíveis em seu perfil cadastrado na plataforma, e que pode vendê-los com segurança a qualquer momento, inclusive em outros marketplaces que trabalham com a mesma criptomoeda, neste caso a Ethereum. Para participar dos leilões do Phonogram.me, o fã de música não precisa saber nada sobre criptomoeda: basta se cadastrar e fazer as transações, inclusive por pix – possibilidade para usuário brasileiro – de tão simples que são.

Sobre Phonogram.me: 

Idealizado pelos sócios Lucas Mayer e Janara Lopes, o Phonogram.me, primeira plataforma de música em NFT (tokens não fungíveis) do Brasil, foi pensado e criado para descentralizar a indústria da música, colocando na mão dos criadores, fãs, gravadoras e investidores a chance de juntos lucrarem com a valorização e divulgação do seu ativo mais importante: a música, inclusive com experiências reais como ingressos, merchandising e memorabílias musicais.

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