A atriz Elizangela, de 67 anos, assumiu que não se vacinou contra a covid-19. No mês passado, ela foi internada na CTI, segundo a prefeitura de Guapimirim (RJ), para tratar as sequelas da doença. Ao justificar o motivo, a artista reproduziu uma informação falsa de que as vacinas são experimentais. “Não [tomei], não posso e não quero, não é vacina, é experimento. Já tá mais do que declarado, pelo próprio criador da vacina, que é realmente um experimento. Eu não sou cobaia. Sou a favor das vacinas, sempre tomei, mas nesse momento, não”, disse em uma live com o jornalista Thony Di Carlo.
Ela afirma não ser negacionista, pois recebeu outras vacinas: “Fizeram aquele bando de ‘fake news’ comigo sobre eu ser contra a vacina. Eu não sou contra a vacina. Todo mundo se vacinou a vida inteira. Sou uma senhora de 67 anos que vai tomar a vacina da gripe”.
Contrariando o que foi divulgado pela prefeitura de Guapimirim, Elizangela nega ter tido covid. Ela diz que foi internada devido a uma pneumonia.
“Se tive [covid], foi muito leve, durante todo esse tempo. Busquei me fortalecer, fazer as coisas que pudessem botar meu organismo legal, firme, zinco, aquelas coisas, vitamina D, e foi o que fiz durante todo esse tempo. Nem ninguém aqui em casa teve”, afirmou. Não há evidências de que o uso de vitaminas seja eficaz no combate à covid.
A atriz ainda está em recuperação da internação e segue recebendo oxigênio em casa. Ela declara que tem um enfisema pulmonar há cerca de 3 anos e, por isso, já realiza fisioterapia pulmonar há um tempo e deve continuar realizando.
Vacinas são seguras Todas as vacinas contra a covid-19 aplicadas no Brasil são, além de eficazes, extremamente seguras e apresentam baixíssima taxa de eventos adversos graves. De acordo com levantamento feito a pedido do UOL pela Info Tracker, plataforma de dados da USP (Universidade de São Paulo) e da Unesp (Universidade Estadual Paulista), 80% dos mortos por covid entre março e novembro do último ano não estavam vacinados.
Segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, o risco de ser internado com a SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) é 257 vezes maior do que o de ter uma reação ao imunizante.
A imunização contra a covid, aliada ao uso de máscara e ao distanciamento social, a maneira mais segura e eficiente do controle do vírus.