Maurício Souza defende Minas após demissão por posts homofóbicos: “Culpa é da lacração”

Central afirma que clube tentou mantê-lo, mas sofreu pressão dos patrocinadores

Depois de provocar com um novo post, Maurício Souza voltou às redes sociais para defender o Minas Tênis Clube após ser demitido na quarta-feira. O central afirmou que os dirigentes tentaram segurá-lo na equipe, mas que precisaram ceder à pressão dos patrocinadores, que ameaçaram encerrar o apoio às equipes.

– O Minas não teve culpa nenhuma disso tudo. A culpa é da turma da lacração fazendo pressão em cima dos patrocinadores. Acarretou de o patrocinador ameaçar tirar o patrocínio do feminino e do masculino. Isso ficou insustentável. O meu diretor, Elói (Oliveira), e o meu presidente, Ricardinho (Santiago), fizeram o máximo para me segurar na equipe. Fizeram o possível e o impossível. Infelizmente, o time não aguentaria perder tantos patrocínios assim. E aí aconteceu o que aconteceu. Mas eles foram homens. São homens de verdade, que eu admiro. A culpa não foi deles – diz Maurício no vídeo.

Mais cedo, Maurício Souza voltou a compartilhar uma provocação nas redes sociais. O central publicou uma foto do Super-Homem beijando a Mulher Maravilha. A polêmica com o jogador começou após um post em que criticava o a DC Comics pelo anúncio de que o novo Super-Homem, filho de Clark Kent, se descobrirá bissexual nas próximas edições das histórias em quadrinhos.

No novo post, Maurício compartilha a foto do Super-Homem original beijando a Mulher Maravilha em uma cabine telefônica. A publicação contou com a curtida de Maurício Borges, companheiro do central na seleção e que fez sucesso nas Olimpíadas de Tóquio ao ser companheiro de quarto do ponteiro Douglas Souza. Ricardinho, ex-levantador da seleção, fez o mesmo.

Maurício teve o contrato rescindido com o Minas Tênis Clube na última quarta-feira. A decisão aconteceu após a repercussão, nos últimos dias, das postagens de teor homofóbico realizadas pelo atleta. Ele chegou a fazer dois pedidos de desculpas, mas ressaltando se tratar de uma opinião, não de homofobia. A postura irritou o clube, que optou pelo fim do contrato.

O jogador estava afastado das atividades do clube desde terça-feira e havia sido multado. As ações aconteceram após pressão dos patrocinadores para que o Minas tomasse “medidas cabíveis” em relação às postagens do central em sua rede social.

Na noite de terça-feira, o atleta utilizou uma rede social diferente para fazer uma retratação pública. O clube belo-horizontino usou a conta própria para dar mais visibilidade à mensagem e considerava que, a retratação pública, pedida, tinha sido realizada. No entanto, houve insatisfação de uma das patrocinadoras.

A vontade das patrocinadoras era que o atleta apagasse as postagens, além de pedir desculpas no mesmo espaço que realizou as postagens. A situação também repercutiu de maneira negativa com os próprios colegas de equipe do central.

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