Médicos explicam e dão dicas para evitar o agravamento do problemau
A pele sofre bastante com fatores externos como poluição, exposição ao sol, tempo seco e também o clima frio. “Com o ressecamento nossa barreira cutânea perde sua integridade, ficando mais predisposta à dermatites e infecções. As queixas mais comuns são que a pele ficou mais áspera, ressecada, com descamação e vermelhidão e os pacientes que mais sofrem são aqueles que já possuem algum problema de pele como dermatite atópica, rosácea, psoríase, dermatite seborreica e acne.
Além disso dois fatores que contribuem diretamente para a saúde da nossa pele são a ingesta de água e a temperatura do banho que, sendo mais alta, tende a piorar o ressecamento da pele”, explica a dermatologista Dra. Fabiana Seidl, Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
Os cuidados com a pele devem ser redobrados quando temos clima muito seco ou muito frio. “O frio leva a uma diminuição da transpiração corporal e, principalmente quando associado a uma baixa umidade, pode levar ao ressecamento excessivo da pele, aumento da sensibilidade e diminuição da sua capacidade de regeneração e da efetividade da sua função de barreira, inclusive tornando a pele mais vulneráveis a ação de agentes externos, como a poluição”, explica o médico Dr. Franklin Veríssimo que atua com medicina estética em Fortaleza (CE).
A principal medida de prevenção é hidratar. “Quando falo de hidratação me refiro não somente a hidratação da pele, que mantém íntegra a barreira lipídica, mas também à ingesta de água adequada. Minha recomendação é manter uma ingesta de cerca de 2 litros de água por dia, tomar banhos mornos e não muito demorados, preferir sabonetes mais hidratantes que possuam ph mais próximo da pele ( os famosos syndets) e aplicar o hidratante assim que sair do banho, de preferência nos primeiros três minutos após o banho ( recomendo deixar no box)”, detalha Dra. Fabiana Seidl.
Cuide também da temperatura do banho para não prejudicar mais a pele. “O banho quente quando aliado ao uso de sabonetes inapropriados, causa uma maior perda de umidade e altera a camada de lipídeos que protege a pele, prejudicando sua função de barreira de proteção. A pele fica mais seca e suscetível a dermatoses (como psoríase, dermatite atópica, dermatite seborreica, rosácea) e aos fungos e bactérias patogênicos. O simples fato da pele estar ressecada já propicia o desenvolvimento de prurido intenso (coceira). Isso ocorre tanto no corpo quanto na face”, explica a dermatologista Dra. Ana Paula Fucci, Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e da Academia Européia de Dermatologia (EADV).
O tratamento da pele ressecada depende do tipo de pele e se houve lesão. “Na maioria dos casos conseguimos ótimos resultados com hidratantes específicos, que possuem ação reparadora e calmante, mas muitas vezes é necessário iniciar pomadas a base de corticóides e antibióticos para casos de dermatites mais graves. Óleos de banho, óleos corporais e máscaras de hidratação também ajudam bastante nesse período.É importante salientar que mesmo pacientes com pele oleosa também sofrem com ressecamento e para isso temos hidratantes específicos para esse tipo de pele”, destaca a dermatologista Dra. Fabiana. Seidl.
A dermatologista Dra. Ana Paula Fucci dá seis dicas para manter uma rotina de cuidados com a pele para evitar ou reduzir o ressecamento: “1- tome o banho na temperatura menos alta que conseguir. Não precisa ser frio, mas evite o “banho sauna”.
2-se sua pele já tem tendencia a ser seca, utilize sabonetes suaves, que não piorem o ressecamento.3-hidrate a pele logo que sair do banho. Ela estará mais receptiva e o resultado será melhor.4-use produtos apropriados ao seu tipo de pele e, geralmente, os produtos para corpo e face são diferentes.5-pode manter sua rotina de tratamentos normalmente, sua dermatologista fará os ajustes necessários.
6-se for usar maquiagem opte por “oil-free” ou não-comedogênica, termos utilizados para caracterizar produtos direcionados às pessoas que tem acne. Não são oleosas, não tamponam os poros e podem até conter substâncias que auxiliem no controle da oleosidade.”Fontes: 1-Dra. Fabiana Seidl
Dermatologista
CRM RJ 5287852-9
RQE 27351
– Residência médica em clínica médica pela UERJ
-Título de especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia
-Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica
– Título de especialista em clínica médica
– Dermatologista formada pelo Instituto de Dermatologia Prof. Rubem David Azulay
– coautora do livro “Doenças da unha” ( de Robertha Nakamura e Robert Baran)
– experiência em Dermatologia clínica, cirúrgica e estética
– artigos publicados na área de psoríase, tricologia e unhas.
2-Dr. Franklin Verissimo
CRM-CE 10920
Médico. Formação em Medicina Estética
Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará-CE
Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pela Universidade Estadual do Ceará-CE
Especialista e pós-graduado em Medicina RM Estética pelo Instituto BWS-SP
Especialista e pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pelo Hospital Albert Einstein-SP
Atualmente atua com tratamentos dermatológicos faciais, com ênfase em técnicas minimamente invasivas, especialmente preenchedores injetáveis, toxina botulínica, bioestimuladores, fios e tecnologias (laser, luz e ultrassomicrofocado).
3-Dra. Ana Paula Fucci
Dermatologista formada em Medicina pela Universidade Federal Fluminense(UFF).
Residência em Clinica Médica na UFF e Dermatologia na UFRJ.
Título de especialista em Dermatologia (RQE: 19876) – (em 1.996 – 24 anos de experiência).
Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) e Academia Européia de Dermatologia (EADV).
Professora convidada do ambulatório de Dermatologia Estética (Cosmiatria) do Serviço de Dermatologia da UFRJ de 2012 a 2016
Professora em curso extensivo de Cosmiatria, para dermatologistas e cirurgiões plásticos, desde 2017.
Participação em diversos congressos dermatológicos ao longo dos anos, como coordenadora e/ou ministrando palestras e cursos práticos.
Diversos artigos científicos publicados em revistas médicas indexadas, na área de Dermatologia.
Créditos: Simone Barros
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Gostei do conteúdo 🙂 Queria saber mais, como faço?