O youtuber e influenciador Spartakus Santiago relatou, na segunda (04/10), em suas redes sociais, um caso de racismo policial sofrido. O jovem estava ao celular quando foi abordado por dois policiais militares de SP. De acordo com Spartakus, os agentes afirmaram que ele estava em ‘atitude suspeita’.
Parte da abordagem foi relatada, ao vivo, em seu perfil do Instagram. Spartakus comentou que estava caminhando pela rua, em trajeto que costuma fazer quase todos os dias, quando parou para utilizar seu telefone celular por 10 minutos. Na abordagem, os policiais declararam que o youtuber estava em atitude suspeita, exigiram os documentos do jovem e apontaram as armas para ele.
Durante o vídeo, Spartakus constantemente questiona o motivo da parada policial, visivelmente indignado com a situação.
“Quero saber qual é a atitude suspeita de um homem negro que não pode simplesmente ficar parado mexendo no celular. Eles não acreditaram, pediram meu RG, estão achando que sou um bandido, dizendo que estou de atitude suspeita, só porque fiquei 10 minutos parado mexendo no celular. Eu falei que iria fazer uma live, pois isso é racismo. Eu duvido que fosse um homem branco, com grande de ‘gringo’ esses homens viriam aqui me abordar, achando que sou bandido, que sou suspeito”.
Após mais de dez minutos de transmissão ao vivo, averiguando a carteira de identidade de Spartakus, os policiais liberaram o jovem. “O senhor está liberado, conforme o sargento orientou a gente aqui” afirmou um dos agentes. Mesmo após a liberação, Spartakus continuou por mais alguns minutos a transmissão, questionando a possibilidade de retorno dos policiais.
Spartakus Santiago é dono do canal ‘spartakus’ na plataforma do Youtube. Desde o início de suas atividades no perfil, tem se dedicado a temas e discussões sobre raça e racismo no Brasil.
Um dos vídeos em que participou acabou se tornando viral. Nele, Spartakus, juntamente com o youtuber AD Junior e o repórter Edu Carvalho utilizam suas influências e conhecimentos para questionar a utilização de força e violência em abordagem policiais. No vídeo, dão dicas e sugestões a seguidores negras e negros sobre como não reagir às abordagens, estar sempre com documentos e utilizar seus telefones celulares para registrar atividades abordagens indevidas com uso de violência policial.