Cantora afirmou que a arte drag é para todos, mas que ficaria feliz em ver artistas em que se inspira como protagonistas
Considerada uma das drag queens mais influentes da atualidade, Pabllo Vittar ser pronunciou sobre a polêmica envolvendo a escolha de Xuxa para apresentar a versão brasileira de Drag Race, programa que se popularizou no mundo sob o comando de Rupaul. Segundo a colunista Carla Bittencourt, a atração será exibida pela Globo, com previsão de estreia para 2022.
Ao ser questionada pela imprensa durante coletiva de imprensa do MTV Miaw sobre a ausência de protagonismo das drags queens brasileiras no grande mainstream, a artista esclareceu que qualquer pessoa pode fazer drag, mas que se sentiria mais representada ao ver suas influências ocupando este espaço na TV.
“Drag é uma arte pra todos, mas eu ficaria muito honrada em ver as drags que abriram a porta pra mim, protagonizando momentos como esse, as drags que fizeram mesmo a diferença na minha vida e as que inspiram quem está começando agora. Ficaria feliz em poder ver isso, me sentiria representada”, disse Pabllo, citando ícones da arte drag como Silvetty Montilla, Márcia Pantera e Alexia Twitter.
A cantora afirma que apesar do momento que está vivendo na carreira — apresentando importantes eventos como o MTV Miaw, em que também concorre a nove categorias — as artistas LGBTQIA+ ainda encontram grandes desafios na busca por espaço.
“Eu sou a ponta do iceberg. Tem muita coisa pra acontecer ainda, se a gente olhar em volta a gente vai ver tantos talentos sem o mesmo alcance. Estou aqui porque muitas pessoas abriram as portas pra mim, correram para que eu estivesse aqui, agora, jogando minhas laces”, afirmou Pabllo.