AGLOMERAÇÃO EM CAMPOS DO JORDÃO REFLETE O DESCASO COM AS VÍTIMAS DA COVID 19, AFIRMA PSICÓLOGO

Movimentação no feriado prolongado em cidade turística revela a falta de empata e responsabilidade em relação ao trabalho dos profissionais da saúde, ciência e com as vítimas do coronavírus, segundo Psicólogo Alexander Bez

Dando continuidade aos escândalos de aglomerações e irresponsabilidades nessa pandemia, Campos do Jordão é o alvo da vez. No último feriado (3), o município foi alvo de diversas críticas após a divulgações de vídeos, onde são retratados o desobedecimento das leis de distanciamento social em decorrência da Covid-19.

Nos meses que antecedem a chegada definitiva do inverno, Campos do Jordão dá início a temporada de visitação e chega a receber cerca de 60 mil pessoas em apenas um final de semana. 

De acordo com a prefeitura, foram adotadas as medidas de controle de acesso e barreiras sanitárias para controlar a situação, porém no fim de semana, cerca de 11 festas clandestinas, com pelo menos 100 pessoas em cada uma, foram flagradas e interrompidas pela Polícia Militar da região.

Segundo o Psicólogo Alexander Bez, é normal que as pessoas estejam cansadas de ficar em casa e queiram se divertir mundo a fora, porém não podemos negar a responsabilidade que assumimos, quando colocamos todos ao nosso redor em perigo apenas para podermos nos divertir.

“_Uma pessoa normal pode se sentir frustrada por não poder ainda ter de volta a sua vida social, entretanto, ela saberá contornar essa “carência social”, substituindo os encontros sociais pelos mecanismos virtuais. No máximo irá a algum café ou a um restaurante, mas tomando todos os devidos cuidados. Controlar a frustração e os impulsos sociais, indica proporcionar proteção às pessoas amadas_”, comenta o especialista. 

A falta de responsabilidade e empatia respinga nas demais pessoas, que por sua vez podem tomar todo o tipo de cuidado, porém correm riscos, pois muitas vezes essas pessoas convivem com parentes e amigos que representam essa parcela da sociedade que esteve em aglomerações e eventos clandestinos.

“_Temos profissionais da saúde e da ciência trabalhando arduamente para conter essa doença, muitos inclusive perderam suas vidas nessa luta e esse tipo de atitude irresponsável acaba remetendo todos esses esforços à estaca zero novamente_”, completou o psicólogo 

Psiquiatricamente explicando, não há como negar a presença de componentes psicopáticos nessas condutas insanas de aglomeração, pois revelam uma extrema e endossada “falta de empatia” com o outro. Como se as mais de 473 mil mortes que já foram contabilizadas no Brasil não valessem nada.

Créditos: Tabata Seles – Assessoria Márcia Stival

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