Escritora brasileira revela o lado doce e amargo do mercado editorial infantil e fala das apostas para o setor em 2021

Isa Colli, gestora da editora Colli Books, aposta no mercado internacional com e-commerce.

Foto: Divulgação

A pandemia continua a apresentar seus reflexos na economia mundial. E, um dos setores bastante afetados é o mercado editorial. Com o primeiro semestre do ano de 2020 baqueado com o fechamento do comércio, muita gente se reinventou e continua na busca por caminhos para salvar seus negócios. E, não foi diferente para os empresários da literatura. 

Segundo dados publicados em recente pesquisa de mercado da Nielsen e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), o varejo tradicional de livros apresentou maior queda em abril de 2020, com redução em torno de 45%. No mês de julho passado, o setor mostrou recuperação, tendo atingido o pico de crescimento (25,63%) já em setembro, mantendo-se positivo até dezembro. A internet foi a responsável por mais da metade das vendas.

E é com positividade e muita criatividade que a jornalista e escritora Isa Colli, gestora da editora de livros infantojuvenis Colli Books, chegou no ano de 2021. Em 2020, ela se adaptou rapidamente às mudanças do mercado e focou as vendas no comércio online, investindo inclusive, nos lançamentos virtuais. Agora, aumenta as parcerias com sites de vendas e distribuidoras. A empresária, que já atende o mercado internacional com livros em português Europeu, português do Brasil, inglês, árabe e francês, aposta na tradução de mais dois títulos: Luke, o Macaco Atleta, ganha uma versão em francês e a tradução neerlandesa também está pronta para ser lançada em breve; e Tâmaras e Quibes ganhou versão em inglês.

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Isa, atualmente, mora atualmente na Bélgica e é apaixonada pela literatura infantojuvenil. A autora sente muito orgulho em ter suas obras espalhadas mundo afora, tanto para os expatriados que investem no ensino do português como língua de herança para seus filhos, para as escolas no exterior adotantes das suas obras, quanto para os estrangeiros que não falam português, mas amam tradução de literários brasileiros.

Apesar de tantas conquistas, nem tudo são flores. A empresária afirma que o lado doce do seu mercado é fazer o que se gosta. O lado amargo é buscar maneiras para resistir às adversidades pelas quais qualquer setor passa. 

A escritora ainda aponta outro fator que ajudou na recuperação do mercado editorial após o impacto inicial da pandemia: a aproximação das livrarias e editoras dos seus leitores através das mídias sociais. Impedidas de realizar lançamentos presenciais, elas organizaram lançamentos virtuais, com boa aceitação do público. Encontros por videoconferência e lives também movimentaram as redes com temas e convidados interessantes.

“Para 2021, vislumbro um cenário com ótimas perspectivas. Com a volta às aulas e a necessidade de recuperar o tempo perdido, em função das escolas fechadas durante o ano letivo do ano de 2020, temos boas chances de aumentar o interesse por leitura e conhecimento. Anseio, ainda, que não somente as grandes, mas também as pequenas editoras e livrarias possam continuar com fôlego para garantir que os livros cheguem aos leitores, seja no formato impresso ou digital, ” finaliza.

Quem desejar conhecer mais sobre os títulos da autora, basta acessar o site da Colli Books, https://www.collibooks.com/ ou buscar seu nome do Google e escolher a loja que mais lhe agradar. Seus livros podem ser encontrados facilmente no Brasil, na Europa e no mundo todo nos principais sites de e-commerce, no formato impresso e e-book. Seguem alguns exemplos de lojas: Amazon, Wook, Fnac, Americanas, Submarino, entre outros. 

Créditos: Alex Ferraz – Ferraz Comunicação

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