Por Rodolfo Manfredini, assessor de investimentos da Plátano Investimentos de S. José dos Campos
A eleição nos Estados Unidos se aproxima e o mundo observa os movimentos dos candidatos. De um lado Trump e sua política de negociação bilateral e protecionista, de outro Biden, que prefere o multilateralismo.
No meio da disputa, temas que definirão a escolha, tais como: meio ambiente, recuperação da economia, taxação e regulação de empresas como Facebook, Amazon e Google e tecnologia 5G, bem como a descoberta da vacina contra o coronavírus e, consequentemente, uma aceleração econômica com o fim da doença.
No caso de vitória de Biden, a agenda corporativa “Environmental, Social and Governance” se confirmará como grande tendência nos negócios.
Um ponto em comum entre o democrata e o republicano é que a China representa uma ameaça comercial importante. O que os diferencia é a abordagem em tratar o assunto.
Por conta da diferença de método e das agendas distintas, os investidores estão atentos. Se por um lado a vitória de Trump tende a fortalecer o dólar e enfraquecer moedas como o real, uma vitória de Biden poderia levar uma saída de capital da bolsa americana para mercados emergentes como do Brasil. Claro que no nosso caso o país teria que também fazer a lição de casa, que seria o controle do teto de gastos. Isso reflete diretamente na confiança dos investidores, haja visto que, por conta disto, neste ano tivemos a maior fuga de investidores estrangeiros.
O governo brasileiro vai ao encontro das ideias de Trump, mesmo com ele tomando decisões que prejudicam a nossa economia como, por exemplo, a elevação de tarifas do aço e do alumínio. É o dito popular: farinha pouca, meu pirão primeiro. Agora nos resta saber se o pirão será de Trump ou de Biden.