Tamy Tectoniza lança EP visual e dá início a uma fase electropop e slowcore

Intitulado “Magma Lacrimal”, projeto é inteiramente composto por vídeos gravados com o celular, misturando a estética do glitch ao VHS

Conhecida pela viagem que faz ao lado de projetos coletivos que integra desde o último ano, Tamy Tectoniza agora aponta para um outro e novo caminho, lançando seu primeiro EP solo, “Magma Lacrimal”. Composto por 5 faixas audiovisuais, projeto – totalmente independente e filmado com um celular – foi produzido e realizado pela própria artista em parceria com JuPat, sua namorada.

“Fiz a parte instrumental das músicas, as letras, cantei, fiz o design gráfico da capa, vídeos e toda a edição desse material. A Jú assina a mixagem e masterização, além de também ter fotografado a capa e gravado algumas das cenas registradas”, explica.

Créditos: Matheus Augusto | Maquiagem: Letícia Novaes

Electropop, slowcore ou um grande ‘dancing dense’, como a própria cantora costuma definir, esse é um disco que sonoramente pode até ser enérgico e dançante, mas não só isso. “Magma Lacrimal” carrega, do começo ao fim, uma atmosfera contida e densa.

“Acho que esse trabalho traz diálogos muito intensos para mim. É sobre quando o sistema nos dói. As impossibilidades. A falsa liberdade. Pitadas do caos pandêmico e do só querer amar. A mensagem é sobre sentir e deixar escorrer o que tem para escorrer. Essa é a única maneira de nos aliviar do mundo”, ressalta.

Para o conceito visual, que soma elementos em 3D, a nostálgica estética VHS ganha forças com o glitch e a sensação que ele deixa, do erro digital, do agora. Questões que se relacionam, profundamente, com aquela vontade de se teletransportar para momentos únicos, remetendo a uma necessidade muito grande da vida como era antes.
Com um pouco mais de 14 minutos, “Magma Lacrimal” está disponível em todas as plataformas digitais, seguindo um roteiro não linear que retrata a vida em tempos de quarentena e mais, bem mais.

Ouça aqui: https://www.youtube.com/watch?v=YszN06aeNWg&feature=youtu.be

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Foi composta nesse período de pandemia. Niilista, distópica, tecnológica. O sentimento da fragilidade humana e a necessidade de desaparecer para continuar existindo.

Partes do vídeo são registros atuais que fiz dentro de casa durante o período de isolamento, envolvido por danças em meio ao caos.

Queride

É sobre o anseio de querer eternizar uma relação amorosa, mas essa possibilidade não estar disponível para controle humano. Mas ao mesmo tempo não querer ter esse controle, e sim só querer perder (ou no caso ganhar) tempo amando, fazendo menção à frase do poeta italiano Torquato Tasso: “perdido é todo o tempo que com amor não é gasto.”

Gastronomia dos Desejos Carnais

É o auge do EP. Ela é quente, vermelha, sombria, sexual, melancólica. Cabalística. Inspirada no horror cult Midsommar (2019) de Ari Aster.

No vídeo dessa música, o performer Pedro Leone foi convidado a participar, simbolizando uma entidade quente e misteriosa.

Rio Caudaloso

Rio caudaloso é a preparação para o desembocar diretamente no oceano, mas em sua região abissal. É sobre a minha forma de amar, livre, poética, caudal. E sobre o mundo tentando sugar e sufocar orgasmos.

Oceano AbissalA camada mais profunda e lenta do EP. A profundidade do amor que queima o peito e que quer a mistura da matéria. O amor nos curando do sistema.

FICHA TÉCNICA:

Músicas:

Produção, composição e voz: Tamy Tectoniza

Mixagem e masterização: JuPat

Vídeos:

Filmes: Tamy Tectoniza e JuPat

Performance especial na faixa Gastronomia dos Desejos Carnais: Pedro Leone

Edição: Tamy Tectoniza

Capa:

Fotografia: JuPat

Design Gráfico: Tamy Tectoniza

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